27 de julho de 2011

Todos os dias de tarde são as mesmas notícias. Desconhecidos vão, conhecidos vem e eu? eu continuo. Continuo e reparo no mesmo trocador do ônibus, do mesmo horário, que da 'oi', quase sempre, para as mesmas pessoas, incluindo a mim, e que sempre sorri. Existem rostos familiares no ônibus, é o ônibus daquele horário, cheio de caras de cansaço, de atrasos. Atrasos que incluem os meus, os do menino da blusa azul, o da leãozinha. O que? você nunca fez isso? apelidou quem não conhecia para saber quem é? Tem gente que tem cara de João, ou que tem cara de Lucas ou de, não sei, Cristiane, mas tem gente que não tem cara de nada, tem gente que é, da blusa azul, da fita rosa, do tênis velho, do perfume bom... Será que eu tenho alguma denominação? Será que quando eu entro no ônibus álguem pensa "olha, a menina da bolsa grande" ou "a menina que volta da academia" ou qualquer denominação que eu não saiba agora? Será? Bom, se é eu não sei, só sei que em meio de conhecidos e desconhecidos chegou a minha vez de ir. Amanhã ta todo mundo aqui outra vez, eu sei. Se não estiver, atrasou mais.

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