28 de julho de 2011

Ele morre!

- Eu não tô pronta. Eu não tô pronta pro fim disso.
- Sinto muito - E ele continuou - Quando o Rei Lear morre no quinto ato, sabe o que Shakespeare esceveu? Escreveu "Ele morre", só isso, mais nada. Sem fanfarra, sem metáfora, sem palavras finais brilhantes. O ponto culminante da obra mais influente da literatura dramática é "Ele morre". Precisa ser Shakespeare, um gênio, pra bolar isso. "Ele morre". Ainda assim toda vez que leio essas duas palavras eu me vejo nas voltas com um desassossego e eu sei que é natural ficar triste, mas não por causa das palavras "ele morre" mas por causa da vida que vimos antes dessas palavras. Eu vivi todos os meus cinco atos Mahone e não estou pedindo que você fique feliz por eu partir só estou pedindo que vire a página, continue lendo e deixe a próxima história começar e se alguém um dia perguntar que fim levei é só contar todas as maravilhas da minha vida e terminar com um simples e modesto "ele morreu".
- Eu te amo.
- Eu também te amo. Sua vida é uma oportunidade, aproveite-a!
(falas retiradas do filme: A loja mágica de brinquedos)


_Amei isso!

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